tag:blogger.com,1999:blog-39263357933099059162024-03-13T04:17:18.517-07:00La vita è adessoMaria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-64989072697631462612010-04-21T22:16:00.000-07:002010-04-21T22:19:04.986-07:00Em essênciaFiz um longo post no final de 2009, provavelmente seria o primeiro deste ano. Mas se perdeu com a formatação do computador. Fiquei um pouco triste, mas logo passou, porque tinha algumas citações tristes, que não mereceriam estar registradas em meu blog.<br />2010 é o ano. Neste momento não estou feliz, mas desde o início do ano, estive feliz todos os dias. Mal acreditava nas coisas que estavam acontecendo: coordenação de um curso, uma carga horária ótima, passar em um concurso público, a viagem fantástica para Ouro Preto, ter me encontrado com minhas amigas, minha família, os shows que fomos, tirar a habilitação, depois de 10 anos, encontrar outros amigos e todos os dias ao lado do Rogério (longo a pausa).<br />Normalmente é assim. Não escrevo no tempo que quero, ou que tenha vontade. Tenho mais vontade e temas para escrever do que tempo e disciplina para organizar os textos. Além do que, tudo que é público, precisa ser melhor trabalhado antes de exposto.<br />Quando voltei para terminar este post, não lembrava mais porque tinha começado a escrever. Então, pensei no meu dia e os pensamentos que me acompanharam ao longo dele. Em particular, dois do Rubem Alves, um quando ele fala que é a tristeza é bela e um outro sobre uma reflexão a respeito do silêncio e da solidão.<br />Depois de muito tempo, vendo-me sempre na companhia de alguém ou algo, mesmo quando sozinha em casa, estive nos últimos tempo sempre pensando em coisas palpáveis, lendo com objetividade, afinal precisa fazer o tempo render e, sentindo muito pouco de tudo que li. Em alguns momentos da vida, é claro que a produção é fundamental. Mas eu, em essência, não sou pessoa da quantidade, mas da qualidade. Não gosto de ler muito, gosto de ler devagar, sentindo, saboreando as palavras, pensando no autor, brincando comigo mesma de descobrir quais as motivações que o fizeram escrever “x” texto e, ainda por que daquele jeito, por que naquele momento. Quando leio puramente pela necessidade, não gosto. Resolve o meu problema do momento, mas a leitura não tem significado para mim.<br />Falando em significado, em gostos, em essência. Voltei a me descobrir como um ser em essência solitário. Gosto da solidão. Muitas pessoas, acreditam que quando temos um companheiro, deixamos de ser dois para atuar na vida como um único ser. Percebi, que nunca concordei e também que é uma verdade que não se aplica a mim. Quando estou triste, chateada, zangada e até furiosa, preciso ficar sozinha. Pensar e me reestruturar sozinha. Poucas vezes, na vida, pude demonstrar e/ou compartilhar esses sentimentos negativos. Infelizmente, não tive muito apoio, na verdade mais julgamentos e até inversão de fatos, o que me reforça ainda mais, que nem todos, por mais companheiros e amigos, são capazes de entender sem julgar, ainda que não concordem, apenas acolher os dias difíceis que todos passamos.Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-31676525405548527122009-09-13T14:25:00.001-07:002009-09-13T14:25:43.288-07:00A profissãoEm postagem anterior, comentei que gosto de ouvir pessoas desde quando era criança. Acreditei durante bastante tempo, que este gosto, associado a minha profissão eram os motivos, pelos quais, as pessoas costumam falar coisas particulares, mesmo quando ainda não tínhamos muita intimidade.<br />Mas, esta semana mudei de opinião. A profissão não forma caráter, nem ética, nem humaniza. Nem mesmo a religião é capaz disso. É claro que as más experiências da vida, podem contribuir de forma significativa para tantas pessoas “preferirem” viver em meio a tanta amargura.<br />Sei que tem dias que são mais nublados. Ainda assim, as nuvens escuras, carregadas, tem o seu charme. Enquanto alguns sempre estão a procura de algo de bom, de gostoso, de felicidade. Outros, estão sempre à procura do que se lamentar. Utiliza-se de cargos e poderes imaginados para se colocar em uma posição de superioridade.Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-78109392812137357002009-09-13T14:24:00.000-07:002009-09-13T14:25:01.927-07:00Os ipês estão floridos<div align="justify"><br /><br />Peguei emprestado do Rubem este título porque nenhum outro representaria melhor este post. Semana passada ao voltar para casa já bastante tarde, em noite relativamente fria, durante a caminhada, que adoro, em uma mesma rua estavam 5 ipês amarelos. Um mais lindo que o outro.<br />O ipê sempre foi minha árvore preferida. Acho-os lindos, simpáticos, coloridos, estão sempre felizes. Um lugar que tem um ipê, naturalmente tem que ser diferente. Porque ele enseja algo de bom, de esperança, de único.<br />O ipê amarelo aciona em mim a “chave” da felicidade. Descobri, depois que li o Rubem, dizendo que os ipês são especiais, porque eles funcionam ao contrário, enquanto, todas as árvores, plantas, flores, florescem em setembro (na primavera). O ipê colori no inverno, quando tudo está cinza. Quando há folhas secas pelo chão. Por isso, ele é sinal de esperança.</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-33020901096641283992009-08-08T19:25:00.000-07:002009-08-08T19:27:19.496-07:00Torcida<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"> Em 02 de dezembro de 2007 muita gente chorou de sofrimento, muita gente chorou de alegria ao ver o Corinthians cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. É impressionante como este time mobiliza emoções estremas nas pessoas. Já conheci até pessoas que não gostam, não acompanham, não torcem para time nenhum, mas não gostam do Corinthians.<br />Naquela ocasião, ouvi muito jornalista (anti-corinthiano, claro), falando que achava um absurdo o alarde que estava sendo feito, afinal outros grandes caíram e não houve aquele drama todo. Ouvindo esses comentários, gastei um tempo pensando nisso e acho que eles estavam errados, porque não conseguiram fazer uma leitura sociológica da questão.<br />É verdade que outros grandes clubes caíram, mas qual é o perfil de suas torcidas? Os adversários enchem a boca para chamar a torcida do Corinthians de favelada, pobretona, baderneira e outros elogios. Não poupam piadas fazendo comparações com índices de analfabetismo, criminalidade, etc.<br />Em parte eu concordo, porque o Corinthians é o time do povo, é popular, é o time de todos e todos. Agora imagine, num país com os índices de injustiça social como este, com pouca ética e muita corrupção, com desemprego, violência, em que muitas vezes, o povo não encontra referenciais de identidades positivas, o único ponto de esperança é o Timão. Porque o timão, representa garra, superação, a virada no último minuto do jogo. A marca do Corinthians nunca foi o futebol bonito, foi o futebol da garra, da fé, da perseverança.<br />Tornei-me corinthiana em 1990 por opção. Assisti uma reportagem, vi a torcida, uma entrevista do técnico Nelsinho e do Neto e meu coração disparou. Foi amor a primeira vista. Imediatamente disse, este é o time do meu coração.<br />Quando o Corinthians caiu, fui uma das pessoas que sentiu uma imensa dor no coração, faltou o ar. Claro que pelo time, mas principalmente pela torcida. Pensei e agora? Será que as pessoas perderão a esperança? Será que o povo vai entregar os pontos e deixar de sonhar, de acreditar? A pessoa podia não ser bem resolvida quanto a muitas questões de sua vida. Mas tinha orgulho, enchia o peito para dizer sou corinthiana(o), mas e agora?<br />Então, assim como o time, a torcida deu um baile em todos os pessimistas e ficou ainda mais forte e impulsionou o time para a grande virada da sua história.<br />O time muda de cor, muda de técnico, de jogadores, de comissão, de diretoria e até de endereço, mas essa torcida é fiel. Sou apaixonada por esta torcida.</span></div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-60019731936818896642009-08-08T19:01:00.001-07:002009-08-08T19:01:52.406-07:00Museu do Futebol<div align="justify"><br /><br />Era um domingo frio, na verdade gelado, mas fazia sol. O céu estava de um azul lindo, fazia gosto sair para passear. Fomos ao Museu do Futebol no Pacaembu. Foi um passeio incrível, o museu é fantástico, moderno, emocionante, cheio de informações e diferentemente do que muita gente pensa, não é um museu de clubes de futebol. Principalmente, se tivermos a compreensão das muitas facetas deste esporte, que inclui aspectos financeiros, sociais, culturais, antropológicos.<br />Já visitei o Museu do Maracanã e o Memorial do Corinthians, adorei ambos, riquíssimos em informações, entretenimentos, uso de tecnologia, que agrada até aquelas pessoas que não são muito chegadas ao futebol. Mas o do Pacaembu, definitivamente, é o mais emocionante dos três. Em especial para mim, uma parte que fica embaixo da arquibancada do estádio, em que através de um jogo de imagens são postas várias torcidas do Brasil. Cantando seus hinos, rezando, chorando, sofrendo, fazendo coreografias, vibrando com os gols. Não há como não se emocionar, dá a impressão que estamos no coração da torcida, é realmente fantástico.</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-31090152528498879462009-08-08T19:00:00.000-07:002009-08-08T19:01:13.030-07:00Filmes<div align="justify"><br />Estou estudando o livro Cidadão de Papel (Dimenstein). Depois de algum tempo volto a encontrá-lo. É claro que ele trata de assuntos que já conhecemos, estão no nosso cotidiano, mas quando paramos para pensar sobre eles, saímos da posição de acomodação, de que se acostuma a conviver com a injustiça e achar que faz parte da vida.<br />Dei uma parada na leitura para ver o filme “Última parada 174”, fazia tempo que queria assistir e acho que aconteceu no momento certo, ainda que ao final senti uma enorme tristeza. Pensando na quantidade de Sandros que diariamente morrem (em todos os sentidos) pelo nosso país.</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-501022060352079412009-08-08T18:59:00.000-07:002009-08-08T19:00:26.790-07:00Colocando a leitura em dia<div align="justify"><br />Adoro ler, mas gosto de ler pelo puro prazer da leitura, podendo saborear a textura de cada palavra. Diferentemente de ouvir músicas ou assistir algo, a leitura tem o tempo do nosso sentir, do nosso imaginar. Pode-se, por exemplo, gastar muito tempo em uma única página, porque ela remete a lembranças, projetos, sonhos, à imaginação e esta não tem limite de tempo, de lugar, de espaço.<br />No dia a dia preciso fazer as leituras obrigatórias, leituras para o conhecimento profissional, científico, acadêmico. Também são leituras importantes,mas muitas vezes, menos prazerosas. Mas, nestas férias foi bastante diferente. É claro que reservei um tempo para as leituras obrigatórias. No entanto, li quatro livros ao bel prazer. Que delícia parar pelas páginas e deixar a emoção brotar. Quando o canto diz que “não só de pão o homem viverá, mas da palavra”, tenho certeza, que existem leituras que são para a alma, passe o tempo que for, os desafios, desafetos, desamores... elas permanecem e nos dão força, ensinamentos, empoderamento, abre as janelas da nossa alma. Pela leitura vamos a qualquer lugar.<br />Escrevo muito sobre o passado, sinto-o interagindo a todo momento com o meu presente. Quando criança ganhei do meu pai um saco cheio de livros, deram para ele, que não sabia o que fazer levou para casa e eu me apropriei dele. A maioria dos livros eram de escola, mas havias vários livros de contos. Eu adorei e amei cada um deles.</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-90031155000110368132009-08-08T18:23:00.001-07:002009-08-08T18:23:52.070-07:00Velha Infância<div align="justify">Morto ou vivo, duro ou mole, pega-pega, esconde-esconde, ciranda, taco, pular corda, brincar de casinha, etc. Balão Mágico, Bozzo, Chispita, A gata e o rato, A super Vick, A poderosa Isis, As panteras, A Mulher Biônica, Os três patetas, o Gordo e Magro, Zorro, Jeannie é um Gênio, A Feiticeira, Jaspion, Primo Cruzado, O super-herói americano, Chaves, Chopolin, etc. Bolo de chuva, bolo de caco, bolo de barro. Menudos, Madona, New Kids, Michael Jackson...<br />Que delícia lembrar da infância, da inocência da infância. Quando eu era pequena cansei de enterrar moeda, achando que nasceria uma árvore de dinheiro. Fazer bonecos de barro, colecionada os isqueiros do meu pai. Cada um na minha imaginação tinha uma história, um nome, uma importância. Brincava mais com os brinquedos simbólicos, que com os que tinham a função definida. Mas, é claro que teve brinquedos marcantes na minha vida, como a boneca Emília, meu cavalo de pau, a zebra (que foi jogada fora pela mãe, porque tinha um furinho de nada, mas que deixava a casa cheia de bolinhas de isopor) e minha boneca Minha boneca Bem-me-quer. Ganhei a Bem-me-quer como presente de aniversário da dona Neném. Ela era linda, para mim enorme, tinha um vestido rosado e dois grandes laços no cabelo. Infelizmente, não teve um fim bonito, para mim, traumático. Convivi com esta lembrança até ano passado quando o Rogério resgatou uma Bem-me-quer, que pomposamente ostenta um lugar de destaque no cantinho das pelúcias em nossa casa.<br />Outros eventos marcantes para mim, o calça vermelha que ganhei da dona Regina no meu aniversário de 5 anos. Ela era nossa vizinha, era bem velhinha, mais sabia cozinhar e fazia uns bolos deliciosos. Era comum, nos finais de tarde eu ir visitar. Nossa acabei de ter um insight (ao longo da minha vida, sempre tive amigos bem mais velhos do que eu, pessoas muitas vezes solitárias, como a dona Regina, que me contavam suas histórias. Talvez daí tenha desenvolvido em mim o gosto pelas histórias e minha identificação com a minha profissão). Mas, voltando a falar da dona Regina, ela morava com o marido e tinha o cachorro Rex. O marido, que não lembro o nome, saia todos os dias para trabalhar e voltava tarde da noite, enquanto ele não chegava eu ficava lá e ouvia muitas e muitas histórias. Quando a dona Regina fez a calça vermelha, ela tirou minhas medidas dizendo que faria uma roupa para uma menina do meu tamanho, que não podia ir na casa dela. Eu claro, que sempre tive pensamento concreto, acreditei, no dia do meu aniversário, ela não foi à minha festa, mas deu-me o presente, que usei até quando fiquei grande demais. Ganhei muitos presentes: brinquedos, roupas, dinheiro, mas certamente a calça vermelha foi um dos que mais gostei.Quero relembrar também dos meus tios Naldo e Duda. Quando o eu tinha 05 anos, acho que o tio Naldo tinha em torno de 14 anos, ele estava no seu primeiro emprego e sempre na hora do almoço ia na minha casa, falava um oi e voltava para o trabalho. Lembro-me de um dia que ele foi até lá e me levou um danone.... O tio Naldo até hoje é assim, super apegado aos sobrinhos, e olha que hoje já somos mais que 40. O tio Duda era o tio que toda criança queria ter, mais que dar presentes, ele brincava e conversava, dava importância, valor às angústias infantis. Tenho as lembranças dele me levando de cavalinho, de “cacundinha”, foi ele que fez um balanço num galho forte de uma árvore com um pneu. Ele trabalhava, sempre trabalhou e ainda assim arranjava tempo para as crianças.</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-61246119067521742672009-08-08T18:20:00.000-07:002009-08-08T18:21:19.382-07:00Nossa biblioteca<div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">Decidimos todo mês nos darmos de presente um livrinho do Rubem Alves, elegemos ele como o primeiro a termos toda a coletânea, com o passar do tempo, teremos de outros autores também. Mas o que gostaria de falar, é registrar o quanto estou feliz com o nosso pequenino Centro de Estudos. Ele ainda não está pronto, falta bastante coisas, mas já é um charme. É um espaço que assim que entramos já dá vontade de ler alguma coisa, ouvir um música, assistir a um filme, escrever... Enfim, é espaço aberto a cultura, a pesquisa, ao estudo.<br />Hoje incrementamos mais um pouco a nossa videoteca. Eu com os filmes chegaram: O Pequeno Príncipe, A Loja Mágica de Brinquedos, O Som do Coração, Efeito Borboleta e Carruagem de Fogo. O Rogério ampliou o leque de ótimas opções da música. Falando da videoteca, também temos um projeto para ela, em princípio todos os filmes com Robin Williams e Johnny Depp. Depois permearemos pelos diretores também.É engraçado, desde criança sonhava em ter uma biblioteca em casa. Hoje este sonho se realizou.</span></div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-45125223048921297632009-08-08T18:19:00.000-07:002009-08-08T18:20:16.844-07:00Auto-escola<div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;">Hoje foi nossa primeira aula na auto-escola. Foi a aula prática de moto. O Rogério foi primeiro, e como esperado deu um show, praticamente o instrutor não precisou fazer nada depois de dada as primeiras instruções. Só ficar um pouquinho de olho, porque já se sabe, toda pessoa inteligente demais, depois que conhece ou domina o desafio, tenta causar mais emoções.<br />Para mim foi muito acima do que eu esperava. Eu estava com uns dois quilos a mais, só por causa da roupa e da bota. Achei no primeiro dia seriam muitos tombos, mãos arranhadas, calça rasgada. Exagero? Não. Limitação física mesmo. Tenho uma tremenda dificuldade com coisas manuais. Demoro um tempão para poder me acostumar a elas: tamanho, peso, textura, velocidade. Minha sorte, é que o instrutor era realmente muito paciente, me explicou pacientemente passo a passo e incentivou cada etapa certa que eu fazia.<br />O saldo final para mim, foi super-hiper positivo, afinal não coloquei o pé no chão nenhuma vez durante o percurso, derrubei a moto só uma vez e atropelei o Rogério somente uma vez (risos...).</span></div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-935951568323730812009-08-08T18:17:00.000-07:002009-08-08T18:18:53.477-07:00O doce de tomate da Dona Nelita<div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;">Muitas pessoas, quando estão sem fazer nada, olham para a frente, para o futuro, imaginam-se bem sucedidos na profissão almejada, ou com o grande amor de suas vidas, ou ainda, numa incrível viagem... Eu, ao contrário, também faço meus planos, mas na maioria das vezes, fico lembrando das coisas que vivi no passado, em particular na minha infância. É verdade, que a separação dos meus pais, foi evento que me marcou muito e até hoje tenho alguns desses resquícios. Não saberei afirmar com o vigor da ciência quando começamos a registrar de forma consciente as lembranças dos acontecimentos. Alguns teóricos afirma algo em torno dos 3 anos, outros um pouco mais ou um pouco menos. Mas, não importa, pelo menos para este texto não é uma informação importante. Porque mais do que lembrar de forma cronológica, precisa os eventos. Trata-se de ressaltar que na memória emocional, temos registrado tudo desde que ainda estávamos na barriga da nossa mãe. Por isso, vejo a infância como essa fase tão peculiar, tão doce do desenvolvimento. Não informa se o presente foi o celular, a bicicleta, o vídeo game. O que fica para a criança são as emoções, de terem sido queridas, amadas, desejadas, respeitadas. Isso sim, será um grande diferencial em suas vidas.<br />Nós temos o Kauan, ele tem apenas 2,7 anos. É uma criança linda, saudável, doce, sereno. Ele adora o Rogério. O Rogério não sabe disso, mas eu sei, porque observo sentimentos, sou fascinada pelos relacionamentos das pessoas. Sei que mais tarde mesmo que o Kauan não registre eventos físicos e cronológicos, já está estabelecido o grau de relacionamento, o vínculo afetivo do pequenino Kauan para o super padrinho engraçado, tão menino quanto o afilhado. E é falando dessas memórias ou sentimentos que são criados em um tempo que não existe que quero falar do doce que é minha vozinha Nelita.<br />Neste mês estivemos todos muito preocupados porque ela ficou tempo demais em um lugar para pessoas com saúde frágil. É engraçado falar em saúde frágil de alguém que com quase 80 anos, passou por três AVC, 02 enfartes, cirurgia cardíaca, pressão alta, hipertireoidismo, diabetes. Pois é, minha avó, já perdeu a memória, ficou sem falar, já nos deu muitos sustos, mas resiste firmemente como uma mulher de luta.<br />Quando eu era pequena vivi muito com a minha avó. Ela era uma cozinheira fantástica: doce de abóbora, doce de melancia, doce de leite, doce de tomate. Hum! O famoso doce de tomate, não conheço mais ninguém que saiba fazer, nem mesmo minhas tias. Dona Nelita era mesmo incrível, sempre fez coisas que somente ela saberia criar, inventar, inovar. Poderia dizer muitas coisas a respeito dela. Mas, na verdade sou feliz por ter tido uma avó tão fantástica. Sou feliz por ter tido a sorte de viver o sentimento de neta.</span></div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-14135108165429110512009-02-24T06:25:00.000-08:002009-02-24T06:26:15.515-08:00E no Carnaval<div align="justify"><br /><br /><br /><span style="color:#33ff33;">Depois de alguns anos, voltei a passarela do samba. Para algumas pessoas, foi difícil entender como eu que não gosto de samba, que não vejo o desfile pela tevê, quis tanto ir para a avenida.<br />Essa foi a terceira vez que desfilei, as duas primeiras vezes foi na ala das crianças com as crianças do Cedeca. Naquela ocasião foi mais especial, porque fazíamos a inscrição das crianças, preparávamos o lanche para levar no dia, ensaiávamos praticamente o mês inteiro, sabíamos o enredo e percebi por aquela experiência que se para alguns o carnal é a chance “de ver mulher ‘pelada’ de perto, porque só se vê na tevê”, para outros, é quase que como uma religião, implica fé, trabalho e muita emoção.<br /></span><span style="color:#3366ff;">Fico triste em vê como as pessoas distorcem tudo apenas para a conotação sexual. Ela também existe, mas sem dúvida para aqueles que trabalham o ano inteiro pensando em cada detalhe do desfile, que tem amor a escola é o item menos importante.<br /></span><span style="color:#ffcc00;">Acho que o carnaval enquanto manifestação da cultura popular é um evento lindo e merecedor da nossa apreciação. Seja ele como desfile das grandes escolas, nos blocos ou nas marchinhas mais tradicionais. O que é ruim é mídia que minimizá-o tanto. Tantos tempos sérios são abordados de maneira lúdica. Imagina se a escolas (tradicionais) pedissem as crianças que pesquisam sobre o enredo das escolas de samba. Veja que riqueza: descobertas sobre a evolução tecnológica, a evolução da roda, ídolos nacionais, festas populares, guerras, crítica a política...</span></div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-65396192791649300562009-02-24T06:14:00.000-08:002009-02-24T06:15:03.110-08:00Uma pequenina variação no blog<div align="justify"><br /><br />Hoje, quase tive uma sobrecarga de leitura. É uma delícia saber, o engraçado é quanto mais se lê, mais e mais se tem vontade de saber. Não tem fim essa vontade. Enquanto lia sobre assuntos diferentes, a maioria relacionados a psicologia, percebi a necessidade também de escrever. Essa escrita pode ser muito variada (um resumo, uma resenha, um comentário, uma nova idéia, um grande texto), ainda não sei, mas sei que o importante é começar. Pretendo, não sei quando ter um site profissional e usarei este espaço para ir treinando essas publicações futuras.<br /><br />Li um texto sobre atendimento psicológico pela internet. Ainda não tenho uma opinião fechada referente a isso. Mas, me fez refletir um pouco. Por exemplo, faço um curso de pós graduação a distância, o famoso EAD, percebo que há muitas pessoas que têm preconceito sobre essa forma de ensino. Eu, durante um tempo também tive, e ainda hoje faço algumas restrições. Acredito que nada se compara com a dinâmica de ser ter um professor ali do lado, onde se pode trocar, fazer perguntas, discutir..., além é claro dos colegas de sala que trarão outros tipos de entendimentos, novas visões, etc. O café pós aula, as relações e por aí vai. Mas, também penso nos nossos tempos modernos. Hoje temos um ritmo muito diferente de quando eu estava no primário (veja, quando iniciei na escola se chamava primário), as nomenclaturas mudam, não somente porque mudam os governos, mas porque os tempos são outros. E muitas das relações atualmente são mantidas e cultivadas pelo elo eletrônico, não podemos dizer que são frias ou menos importantes, porque se dão dessa forma.<br />De toda forma, alguém parou por alguns instantes, pensou em você, mentalizou seu rosto e enviou uma mensagem. Com a vantagem da modernidade, se antes a carta iria demorar 03 dias, dependendo do destino, hoje ela é instantânea. Podemos ser frios e impessoais com colega da mesa ao lado. Não é o uso da tecnologia que faz as relações esfriarem. Isso, vem de cada pessoa.<br />Concluindo, da mesma forma que acredito que a EAD é uma ótima solução para algumas pessoas (meu caso), acho que é um momento importante para se refletir o atendimento psicológico via on-line. Não somente excluir ou emitir uma série de opiniões cheias de preconceitos.<br /> </div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-62262578651352309832009-02-24T06:13:00.002-08:002009-02-24T06:14:15.115-08:00Preciso escrever para a pós.<div align="justify"><br /> Até já sonhei com isso. Mas, as palavras não saem. Ainda não consegui identificar o problema e nem a literatura básica. Mas, o que mais preocupa é pouca leitura que tenho feito a este respeito.</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-44216747624635425062009-02-24T06:13:00.001-08:002009-02-24T06:13:32.381-08:00Show do ToquinhoDomingo passado, fomos ao SESC Pompéia ver o Toquinho. Meu Deus, que lindo. Em várias passagem do show me emocionei muito, principalmente quando o repertório voltou-se as cantigas para crianças: quanta beleza, quanta pureza, quanta leveza. É tão gostoso pensar nas crianças, lembrar das crianças que amamos, daquelas que encontramos pelas ruas, nos parques. Acho as crianças os seres mais lindos e supremos que existem. Sempre que vejo algo legal, penso: não vejo a hora de mostrar isso para o Kauan. Espero que ele goste do Toquinho, que ouvido dele não fique poluído com muitas das produções de hoje que deseducam nossos ouvidos.Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-10724372028607993842009-02-24T06:12:00.000-08:002009-02-24T06:13:06.117-08:00Mais um livro<div align="justify"><br /><br />Na quarta-feira, fomo (Rogério e eu) ao lançamento do segundo livro de um ex-professor meu, chama-se “Sem Segredo” publicado pela Novatec. Lá reencontrei outras duas professoras da graduação, uma delas foi a que orientou o meu TCC. Foi muito bom vê-las e lembrar de como foram as aulas e do quanto aprendi com os três. Depois de adquirir o livro, claro fomos para aquela fila interminável para conseguir a dedicatória. Mas, valeu a pena. Ainda não comecei a ler, não sei quando o farei...<br />Esta editora/livraria (?) fica na Av. Paulista, é um espaço delicioso. O Rogério disse que passaria fácil, fácil um fim de semana lá dentro. E olha, que tem o que ser visto. O problema é que depois dá vontade de trazer muita coisa, então é preciso ser muito disciplinado. Ele nos deu um presente raro do Renato Russo.</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-28833322158793320292009-02-11T16:03:00.001-08:002009-02-11T16:03:15.496-08:00Primeiro dia na PósConfesso que logo que acordei pensei em voltar para cama e dormir. Estava tão bom. Mas, não o fiz. Levantar cedo, tomar banho, café e sair de casa antes das 6 da manhã para pegar um ônibus absurdamente lotado. Sabendo que esta seria apenas uma das jornadas do dia.<br />Logo que cheguei na CEFET (agora mudou o nome, mas não me lembro a sigla), deu um friozinho na barriga. O pátio estava lotado de gente: desde jovens, passando pela meia idade aos literalmente veteranos. Olhei em vários murais para saber onde seria a sala, mas nada de êxito. Até que decidi perguntar para uma pessoa que me encaminhou a uma secretaria que não funcionava. Por fim, uma indicação correta.<br />Primeiro dia de aula é igual, desde a pré escola à Universidade Federal: atraso para começar a aula, o cronograma não estava pronto, professores faltam, alunos falta, organização falta. Aguardamos por mais de 01 hora em um corredor até que alguém levou o grupo para um auditório. Duas turmas de semestres diferentes juntas, para ouvirem orientações gerais sobre o curso, sobre a grade, monografia e coisas afins.Cinco professores se apresentaram para a sala. Mas, um em particular me chagou a atenção e me trouxe aquela sensação fantástica que nada é melhor que o saber. Resgatou o gosto que tenho em estudar, em descobrir novas coisas, fazer pesquisa. Vamos ver o que os próximos dias me reservarão.Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-78494953558105308262009-02-11T16:01:00.001-08:002009-02-11T16:01:32.215-08:00XWYX<div align="center"> </div><div align="center"> </div><div align="center"> </div><div align="center">USP, PUC, UBS, PSF, NASF, LEAPSI, UNESP, CEFET, UNIFESP,ONG, CDHS, CDDCA, CT, CMDCA, SAS, HTP, PMK, CAT, WISC,...Definitivamente odeio siglas e acredito que existam pessoas que se especializam só nisso.</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-85858216632872197392009-02-11T15:52:00.000-08:002009-02-11T15:59:47.635-08:00Sons<div align="justify"><br /><br />Sou uma pessoa das palavras, menos as verbais e mais as escritas. Tenho um bom ouvido, mas não sou boa oradora. Esse fato não me incomoda, até porque escolhi uma profissão em que devo ter mesmo bons ouvidos. Mas, nestes dias tenho pensado muito o quanto a música tem um poder de alterar estados de humor.<br />Outro dia, ouvi uma música, que até tinha um bom som, mas a letra era lastimável. Ás vezes, me incomoda muito certos sons. Daí pensei o contrário, se esta música me deixou tão pra baixo, não vou alimentar isso. E de uma certa forma, purifiquei meus ouvidos. Veio uma porção de Skank, Marisa, Palavra Cantada, Baglioni...<br />Com essa experiência com a música, pensei que se aplica para outras coisas na vida. Se a gente não toma cuidado, pode ser invadida por uma onda de sentimentos de baixa qualidade. A escolha é nossa: abraçar isso ou dar um chute bem forte e lançar para longe da gente.<br />Não gosto de ficar triste e nem mal humorada. Hoje descobrir que além de escrever a música tem esse poder curativo.<br />Deixo aqui uma das músicas que mais gosto.<br /><br /><strong></strong></div><div align="center"><strong>Amore Belo</strong></div><strong></strong><br /><span style="color:#33cc00;">Così vai vianon scherzare no...</span><br /><span style="color:#33cc00;">domani viaper favore no...</span><br /><span style="color:#33cc00;">devo convincermi peròche non è nullama le mie mani tremano...</span><br /><span style="color:#33cc00;">in qualche modo io dovròrestare a galla...</span><br /><span style="color:#33cc00;">e così te ne vai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">cosa mi è preso adesso?</span><br /><span style="color:#33cc00;">Forse mi scriverai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">ma sì è lo stesso... </span><br /><span style="color:#33cc00;">Così vai vial'ho capito sai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">che vuoi che siase tu devi vai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">mi sembra già che non potròpiù farne a menomentre i minuti passano...</span><br /><span style="color:#33cc00;">forse domani correròdietro il tuo treno...</span><br /><span style="color:#33cc00;">tu non scordarmi mai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">com'è banale adesso...</span><br /><span style="color:#33cc00;">balliamo ancora dai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">ma sì è lo stesso... </span><br /><span style="color:#33cc00;">Amore bello come il cielobello come il giornobello come il mare amore...</span><br /><span style="color:#33cc00;">ma non lo so dire... </span><br /><span style="color:#33cc00;">Amore bello come un baciobello come il buiobello come </span><br /><span style="color:#33cc00;">Dioamore mionon te ne andare... </span><br /><span style="color:#33cc00;">Perché è così...</span><br /><span style="color:#33cc00;">no non è giusto se è così...</span><br /><span style="color:#33cc00;">se te ne vai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">se te ne vai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">Perché è così...</span><br /><span style="color:#33cc00;">perché finisce tutto quitra poco andrai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">un lento, l'ultimo oramai... </span><br /><span style="color:#33cc00;">E fare finta, che ne so?!</span><br /><span style="color:#33cc00;">di essere mattopiangere urlare e dire no...</span><br /><span style="color:#33cc00;">non serve a niente, già lo soè finito tutto...</span><br /><span style="color:#33cc00;">e se tu caso mai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">ma non mi sente adesso...</span><br /><span style="color:#33cc00;">balliamo ancora dai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">ma sì è lo stesso... </span><br /><span style="color:#33cc00;">Amore bello come il cielobello come il giornobello come il mare amore...</span><br /><span style="color:#33cc00;">ma non lo so dire... </span><br /><span style="color:#33cc00;">Amore bello come un baciobello come il buiobello come Dioamore mionon te ne andare... </span><br /><span style="color:#33cc00;">Vai via così...</span><br /><span style="color:#33cc00;">no non è giusto ma è così...</span><br /><span style="color:#33cc00;">sei bella sai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">sei bella sai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">Vai via così...</span><br /><span style="color:#33cc00;">finisce allora tutto quifra poco andrai...</span><br /><span style="color:#33cc00;">un lento, l'ultimo oramai...</span>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-17586346452143074582009-02-05T12:58:00.002-08:002009-02-05T13:00:26.572-08:00As coisas<div>Muitas vezes me cobro. Na verdade, me cobro sempre, mas não das mesmas coisas. Por exemplo, agora pouco estava me cobrando porque falo de relacionamentos, sentimentos, comportamentos, pessoas. Mas, dificilmente escrevo sobre, esporte, política, cultura, economia, culinária, moda, ou tantos outros assuntos que existem por aí? Então percebo o quanto sou naturalmente apaixonada e identificada com os assuntos intrínsecos dos seres humanos e não por falta de competência para falar de outros assuntos. Embora, é claro que de outros assuntos tenho o conhecimento do senso comum e, nesse sentido, não me atrai tanto externar opiniões.<br />Externar. Expor. Pôr para fora. Tirar de dentro. Mandar embora. Se aliviar. Se reciclar. Se renovar. Jogar fora. Dar. Trocar. Não querer mais. É fantástico e, porque será que nos apegamos a coisas/pessoas?</div>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-88207297404941443792009-02-05T12:58:00.001-08:002009-02-05T12:58:48.865-08:00“Sou uma brasa coberta de cinzas”Uma pessoa conhecida, que gosto muito, um dia me disse que achava que eu era assim: “uma brasa coberta de cinzas”. Nunca uma frase foi tão verdadeira. A gente olha para a fogueira e ver só cinzas, acha que não tem mais perigo, que o fogo acabou. Mas, se não tomar cuidado, vai por a mão na brasa e vai se queimar.<br /><br />Não acho que eu queime as pessoas, pelo menos não de forma intencional. A brasa que há dentro de mim, é a força que eu tenho, minha energia, minha coragem, minhas iniciativas, meus sonhos, meus riscos.<br /><br />Por fora, alguém calma, contida, controlada, serena, paciente, fala baixo, tranqüila, poucas palavras, muita observação, ponderamento, sanidade.<br /><br />Por dentro, loucura, força, coragem, ousadia, movimento, descobertas, orgasmos, múltiplos, muitos. Sou forte, sou fraca, sou...Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-62887285082248401292009-02-05T12:57:00.001-08:002009-02-05T12:57:50.647-08:00Tenho medo,Enquanto anda pela avenida pensei em algumas coisas que me dão medo. Mas, é engraçado, agora eu esqueci. Será que o medo quando percebe que a gente tem coragem ele se esconde e aparece quando a gente fica frágil?Se for assim, ele é realmente esperto. Daí que preciso lembrar que, se às vezes, ele não aparece, é porque o medo também tem medo de mim e, portanto, sou forte.Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-78454938693032120272009-02-05T12:36:00.000-08:002009-02-05T12:38:29.750-08:00Tô com pressaHoje estive pensando, porque às vezes tenho a impressão que não vai dar tempo de fazer tudo o que quero. Mas, o que quero?<br />Rir muito<br />Chorar de felicidade<br />Dançar na chuva<br />Rolar na grama<br />Ir na cama elástica e na piscina de bolinha<br />Falar palavrão<br />Ficar bêbada<br />Ir em uma porção de lugares que antes não fui porque: não podia ou era proibido, ou não tinha grana, ou não tinha companhia, ou porque “pegava mal”, ou simplesmente porque não tinha coragem.<br />Estudar um montão de coisas<br />Ser uma profissional de sucesso<br />Estar linda, sex e charmosa por fora<br />Ser amiga, companheira, confidente<br />Poder ajudar as pessoas (as que conheço ou não, as que amo, e as que não me importo...)<br />Ser voluntária<br />Viajar, viajar e viajar<br /><br />Daí também penso que às vezes dá a impressão que dá para fazer tudo, porque a gente gasta a energia boa com coisas ruins, coisas que nos faz sofrer, chorar, lamentar.Faço terapia, converso, escrevo fico bem. Mas, às vezes, vem ondas bem grandonas e eu esqueço que eu já sei nadar.Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-42402857501546103482009-01-19T15:23:00.000-08:002009-01-19T15:24:34.072-08:00Bodas de PapelHoje comemoro minha primeira <em><strong>Bodas de Papel</strong></em>. Estou muito feliz. Formalmente, trata-se de 01 ano de casamento, na prática trata-se de 01 ano de namoro, de lua de mel, de prazeres infinitos, de trocas, de partilhas, de aventuras, de aprendizado e muito sexo.<br />Felizmente nunca tive pressa em casa e, por causa disso, pude esperar chegar a pessoa certa. Aquela que me faz chorar (de rir), que pelo seu simples fato de existir, faz com que eu agradeça diariamente ao papai do céu pela minha vida. Aquela pessoa a quem tanto admiro intelectualmente, parece um dicionário ambulante, um gênio, um sabe tudo. Aquela pessoa que tem olhos que transbordam esperança. Que tem a curiosidade das crianças e, além de tudo, é muito gostoso.<br />Neste 01 ano sem sombras de dúvidas estou 100% feliz e peço ao papai do céu, aos anjinhos, as fadas e ao universo que abençoe sempre nossa aliança. Que juntos possamos ser mais fortes, amigos e companheiros um do outro. Que tenhamos paciência para entender os dias difíceis (como aqueles da TPM), que possamos sempre respeitar a individualidade um do outro e sempre apoiarmos os projetos singulares.Tenho certeza que o mundo seria muito melhor se houve mais Rogérios. TE AMO e obrigada por me fazer a mulher mais feliz do universo.Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3926335793309905916.post-2081928789030681522009-01-11T17:27:00.000-08:002009-01-11T17:28:06.086-08:00Rato<span style="color:#3333ff;">Vamo lá!!!<br />Todo rato tem rabo longo<br />Todo rato tem faro esperto<br />Todo rato curte escuro, lambe restos<br />Todo rato deixa rastro<br />Todo rato trai e mente<br />Todo rato assusta a gente<br />Todo rato anda em bando<br />São os ratos, são os ratos, são os ratos<br />Bem malandros...<br /><br />Mas sempre tem um que é diferente<br />Tem sempre um que até surpreende a gente<br />Esse rato que aqui se mostra<br />É um rato que a gente gosta<br />É um rato que ao invés de catar<br />Lasquinhas de queijo e comer na rua<br />Prefere mil vezes um beijo<br />Um beijo brilhante da lua<br /><br />Lua minguante Lua crescente<br />Declaro ser o seu mais lindo amante<br />Com você eu quero me casar<br />Fazer da noite escura<br />O nosso altar...<br /><br />Rato meu querido rato<br />Eu não sou assim de fino trato<br />Pra selar esse contrato<br />Minha luz é passageira<br />Fico sempre por um triz<br />Mesmo quanto estou inteira<br />Vem a nuvem a me cobrir<br />Ela sim nuvem faceira<br />É que lhe fará feliz<br /><br />Nuvem redonda que cobre o luar<br />Declaro ser o seu mais lindo amante<br />Com você eu quero me casar<br />Fazer do céu imenso o nosso altar...<br /><br />Rato meu querido rato<br />Eu não sou assim de fino trato<br />Pra selar esse contrato<br />Minha sombra é tão nublada<br />Fico sempre por um triz<br />Mesmo quando estou parada<br />Vem a brisa a me diluir<br />Ela sim brisa danada<br />É que lhe fará feliz<br /><br />Brisa macia<br />Que destrói a nuvem que cobre o luar<br />Declaro ser o seu mais lindo amante<br />E com você eu quero me casar<br />Fazer do vento nosso altar...<br /><br />Rato meu querido rato<br />Eu não sou assim de fino trato<br />Pra selar esse contrato<br />Mesmo quando sopro forte<br />Vem a parede a me barrar<br />Só a parede de uma casa<br />Não deixa a brisa passar<br />Ela sim dura parede<br />É que aprenderá te amar<br /><br />Parede parada<br />Que para a brisa que destrói a nuvem<br />Que cobre o luar<br />Declaro ser o seu mais lindo amante<br />E com você eu quero me casar<br />Fazer da terra o nosso altar...<br /><br />Rato meu querido rato<br />Eu não sou assim de fino trato<br />Pra selar esse contrato<br />Meus tijolos são de barro<br />Mas não é difícil me esburacar<br />Mesmo sendo bem segura<br />Vem a ratinha me cavoucar<br />Só a ratinha bem dentuça<br />Saberá como te amar<br /><br />Ratinha dentuça<br />Que cavouca a parede que barra a brisa<br />Destrói a nuvem que cobre o luar<br />Declaro ser o seu mais lindo amante<br />E com você eu quero me casar<br />Fazer da natureza o nosso altar...<br /><br />Rato meu querido rato<br />Eu que sou assim de fino trato<br />Pra selar esse contrato<br />O meu faro é tão certeiro<br />Com você vou ser feliz<br />Mesmo não sendo perfeita<br />Eu sou a ratinha eleita<br />Fico toda aqui sem jeito<br />esperando um grande queijo...<br />OPS!!!<br />esperando um grande beijo...<br /><br />Toda rata tem rabo longo<br />Toda rata tem faro esperto<br />Toda rata curte escuro, lambe restos<br />Toda rata deixa rastro<br />Toda rata trai e mente<br />Toda rata assusta a gente<br />Toda rata anda em bando<br />São as ratas, são as ratas, são as ratas<br />Bem malandras</span>Maria Santos Mourahttp://www.blogger.com/profile/01815086801219637729noreply@blogger.com0