terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

E no Carnaval




Depois de alguns anos, voltei a passarela do samba. Para algumas pessoas, foi difícil entender como eu que não gosto de samba, que não vejo o desfile pela tevê, quis tanto ir para a avenida.
Essa foi a terceira vez que desfilei, as duas primeiras vezes foi na ala das crianças com as crianças do Cedeca. Naquela ocasião foi mais especial, porque fazíamos a inscrição das crianças, preparávamos o lanche para levar no dia, ensaiávamos praticamente o mês inteiro, sabíamos o enredo e percebi por aquela experiência que se para alguns o carnal é a chance “de ver mulher ‘pelada’ de perto, porque só se vê na tevê”, para outros, é quase que como uma religião, implica fé, trabalho e muita emoção.
Fico triste em vê como as pessoas distorcem tudo apenas para a conotação sexual. Ela também existe, mas sem dúvida para aqueles que trabalham o ano inteiro pensando em cada detalhe do desfile, que tem amor a escola é o item menos importante.
Acho que o carnaval enquanto manifestação da cultura popular é um evento lindo e merecedor da nossa apreciação. Seja ele como desfile das grandes escolas, nos blocos ou nas marchinhas mais tradicionais. O que é ruim é mídia que minimizá-o tanto. Tantos tempos sérios são abordados de maneira lúdica. Imagina se a escolas (tradicionais) pedissem as crianças que pesquisam sobre o enredo das escolas de samba. Veja que riqueza: descobertas sobre a evolução tecnológica, a evolução da roda, ídolos nacionais, festas populares, guerras, crítica a política...

Uma pequenina variação no blog



Hoje, quase tive uma sobrecarga de leitura. É uma delícia saber, o engraçado é quanto mais se lê, mais e mais se tem vontade de saber. Não tem fim essa vontade. Enquanto lia sobre assuntos diferentes, a maioria relacionados a psicologia, percebi a necessidade também de escrever. Essa escrita pode ser muito variada (um resumo, uma resenha, um comentário, uma nova idéia, um grande texto), ainda não sei, mas sei que o importante é começar. Pretendo, não sei quando ter um site profissional e usarei este espaço para ir treinando essas publicações futuras.

Li um texto sobre atendimento psicológico pela internet. Ainda não tenho uma opinião fechada referente a isso. Mas, me fez refletir um pouco. Por exemplo, faço um curso de pós graduação a distância, o famoso EAD, percebo que há muitas pessoas que têm preconceito sobre essa forma de ensino. Eu, durante um tempo também tive, e ainda hoje faço algumas restrições. Acredito que nada se compara com a dinâmica de ser ter um professor ali do lado, onde se pode trocar, fazer perguntas, discutir..., além é claro dos colegas de sala que trarão outros tipos de entendimentos, novas visões, etc. O café pós aula, as relações e por aí vai. Mas, também penso nos nossos tempos modernos. Hoje temos um ritmo muito diferente de quando eu estava no primário (veja, quando iniciei na escola se chamava primário), as nomenclaturas mudam, não somente porque mudam os governos, mas porque os tempos são outros. E muitas das relações atualmente são mantidas e cultivadas pelo elo eletrônico, não podemos dizer que são frias ou menos importantes, porque se dão dessa forma.
De toda forma, alguém parou por alguns instantes, pensou em você, mentalizou seu rosto e enviou uma mensagem. Com a vantagem da modernidade, se antes a carta iria demorar 03 dias, dependendo do destino, hoje ela é instantânea. Podemos ser frios e impessoais com colega da mesa ao lado. Não é o uso da tecnologia que faz as relações esfriarem. Isso, vem de cada pessoa.
Concluindo, da mesma forma que acredito que a EAD é uma ótima solução para algumas pessoas (meu caso), acho que é um momento importante para se refletir o atendimento psicológico via on-line. Não somente excluir ou emitir uma série de opiniões cheias de preconceitos.

Preciso escrever para a pós.


Até já sonhei com isso. Mas, as palavras não saem. Ainda não consegui identificar o problema e nem a literatura básica. Mas, o que mais preocupa é pouca leitura que tenho feito a este respeito.

Show do Toquinho

Domingo passado, fomos ao SESC Pompéia ver o Toquinho. Meu Deus, que lindo. Em várias passagem do show me emocionei muito, principalmente quando o repertório voltou-se as cantigas para crianças: quanta beleza, quanta pureza, quanta leveza. É tão gostoso pensar nas crianças, lembrar das crianças que amamos, daquelas que encontramos pelas ruas, nos parques. Acho as crianças os seres mais lindos e supremos que existem. Sempre que vejo algo legal, penso: não vejo a hora de mostrar isso para o Kauan. Espero que ele goste do Toquinho, que ouvido dele não fique poluído com muitas das produções de hoje que deseducam nossos ouvidos.

Mais um livro



Na quarta-feira, fomo (Rogério e eu) ao lançamento do segundo livro de um ex-professor meu, chama-se “Sem Segredo” publicado pela Novatec. Lá reencontrei outras duas professoras da graduação, uma delas foi a que orientou o meu TCC. Foi muito bom vê-las e lembrar de como foram as aulas e do quanto aprendi com os três. Depois de adquirir o livro, claro fomos para aquela fila interminável para conseguir a dedicatória. Mas, valeu a pena. Ainda não comecei a ler, não sei quando o farei...
Esta editora/livraria (?) fica na Av. Paulista, é um espaço delicioso. O Rogério disse que passaria fácil, fácil um fim de semana lá dentro. E olha, que tem o que ser visto. O problema é que depois dá vontade de trazer muita coisa, então é preciso ser muito disciplinado. Ele nos deu um presente raro do Renato Russo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Primeiro dia na Pós

Confesso que logo que acordei pensei em voltar para cama e dormir. Estava tão bom. Mas, não o fiz. Levantar cedo, tomar banho, café e sair de casa antes das 6 da manhã para pegar um ônibus absurdamente lotado. Sabendo que esta seria apenas uma das jornadas do dia.
Logo que cheguei na CEFET (agora mudou o nome, mas não me lembro a sigla), deu um friozinho na barriga. O pátio estava lotado de gente: desde jovens, passando pela meia idade aos literalmente veteranos. Olhei em vários murais para saber onde seria a sala, mas nada de êxito. Até que decidi perguntar para uma pessoa que me encaminhou a uma secretaria que não funcionava. Por fim, uma indicação correta.
Primeiro dia de aula é igual, desde a pré escola à Universidade Federal: atraso para começar a aula, o cronograma não estava pronto, professores faltam, alunos falta, organização falta. Aguardamos por mais de 01 hora em um corredor até que alguém levou o grupo para um auditório. Duas turmas de semestres diferentes juntas, para ouvirem orientações gerais sobre o curso, sobre a grade, monografia e coisas afins.Cinco professores se apresentaram para a sala. Mas, um em particular me chagou a atenção e me trouxe aquela sensação fantástica que nada é melhor que o saber. Resgatou o gosto que tenho em estudar, em descobrir novas coisas, fazer pesquisa. Vamos ver o que os próximos dias me reservarão.

XWYX

USP, PUC, UBS, PSF, NASF, LEAPSI, UNESP, CEFET, UNIFESP,ONG, CDHS, CDDCA, CT, CMDCA, SAS, HTP, PMK, CAT, WISC,...Definitivamente odeio siglas e acredito que existam pessoas que se especializam só nisso.

Sons



Sou uma pessoa das palavras, menos as verbais e mais as escritas. Tenho um bom ouvido, mas não sou boa oradora. Esse fato não me incomoda, até porque escolhi uma profissão em que devo ter mesmo bons ouvidos. Mas, nestes dias tenho pensado muito o quanto a música tem um poder de alterar estados de humor.
Outro dia, ouvi uma música, que até tinha um bom som, mas a letra era lastimável. Ás vezes, me incomoda muito certos sons. Daí pensei o contrário, se esta música me deixou tão pra baixo, não vou alimentar isso. E de uma certa forma, purifiquei meus ouvidos. Veio uma porção de Skank, Marisa, Palavra Cantada, Baglioni...
Com essa experiência com a música, pensei que se aplica para outras coisas na vida. Se a gente não toma cuidado, pode ser invadida por uma onda de sentimentos de baixa qualidade. A escolha é nossa: abraçar isso ou dar um chute bem forte e lançar para longe da gente.
Não gosto de ficar triste e nem mal humorada. Hoje descobrir que além de escrever a música tem esse poder curativo.
Deixo aqui uma das músicas que mais gosto.

Amore Belo

Così vai vianon scherzare no...
domani viaper favore no...
devo convincermi peròche non è nullama le mie mani tremano...
in qualche modo io dovròrestare a galla...
e così te ne vai...
cosa mi è preso adesso?
Forse mi scriverai...
ma sì è lo stesso...
Così vai vial'ho capito sai...
che vuoi che siase tu devi vai...
mi sembra già che non potròpiù farne a menomentre i minuti passano...
forse domani correròdietro il tuo treno...
tu non scordarmi mai...
com'è banale adesso...
balliamo ancora dai...
ma sì è lo stesso...
Amore bello come il cielobello come il giornobello come il mare amore...
ma non lo so dire...
Amore bello come un baciobello come il buiobello come
Dioamore mionon te ne andare...
Perché è così...
no non è giusto se è così...
se te ne vai...
se te ne vai...
Perché è così...
perché finisce tutto quitra poco andrai...
un lento, l'ultimo oramai...
E fare finta, che ne so?!
di essere mattopiangere urlare e dire no...
non serve a niente, già lo soè finito tutto...
e se tu caso mai...
ma non mi sente adesso...
balliamo ancora dai...
ma sì è lo stesso...
Amore bello come il cielobello come il giornobello come il mare amore...
ma non lo so dire...
Amore bello come un baciobello come il buiobello come Dioamore mionon te ne andare...
Vai via così...
no non è giusto ma è così...
sei bella sai...
sei bella sai...
Vai via così...
finisce allora tutto quifra poco andrai...
un lento, l'ultimo oramai...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

As coisas

Muitas vezes me cobro. Na verdade, me cobro sempre, mas não das mesmas coisas. Por exemplo, agora pouco estava me cobrando porque falo de relacionamentos, sentimentos, comportamentos, pessoas. Mas, dificilmente escrevo sobre, esporte, política, cultura, economia, culinária, moda, ou tantos outros assuntos que existem por aí? Então percebo o quanto sou naturalmente apaixonada e identificada com os assuntos intrínsecos dos seres humanos e não por falta de competência para falar de outros assuntos. Embora, é claro que de outros assuntos tenho o conhecimento do senso comum e, nesse sentido, não me atrai tanto externar opiniões.
Externar. Expor. Pôr para fora. Tirar de dentro. Mandar embora. Se aliviar. Se reciclar. Se renovar. Jogar fora. Dar. Trocar. Não querer mais. É fantástico e, porque será que nos apegamos a coisas/pessoas?

“Sou uma brasa coberta de cinzas”

Uma pessoa conhecida, que gosto muito, um dia me disse que achava que eu era assim: “uma brasa coberta de cinzas”. Nunca uma frase foi tão verdadeira. A gente olha para a fogueira e ver só cinzas, acha que não tem mais perigo, que o fogo acabou. Mas, se não tomar cuidado, vai por a mão na brasa e vai se queimar.

Não acho que eu queime as pessoas, pelo menos não de forma intencional. A brasa que há dentro de mim, é a força que eu tenho, minha energia, minha coragem, minhas iniciativas, meus sonhos, meus riscos.

Por fora, alguém calma, contida, controlada, serena, paciente, fala baixo, tranqüila, poucas palavras, muita observação, ponderamento, sanidade.

Por dentro, loucura, força, coragem, ousadia, movimento, descobertas, orgasmos, múltiplos, muitos. Sou forte, sou fraca, sou...

Tenho medo,

Enquanto anda pela avenida pensei em algumas coisas que me dão medo. Mas, é engraçado, agora eu esqueci. Será que o medo quando percebe que a gente tem coragem ele se esconde e aparece quando a gente fica frágil?Se for assim, ele é realmente esperto. Daí que preciso lembrar que, se às vezes, ele não aparece, é porque o medo também tem medo de mim e, portanto, sou forte.

Tô com pressa

Hoje estive pensando, porque às vezes tenho a impressão que não vai dar tempo de fazer tudo o que quero. Mas, o que quero?
Rir muito
Chorar de felicidade
Dançar na chuva
Rolar na grama
Ir na cama elástica e na piscina de bolinha
Falar palavrão
Ficar bêbada
Ir em uma porção de lugares que antes não fui porque: não podia ou era proibido, ou não tinha grana, ou não tinha companhia, ou porque “pegava mal”, ou simplesmente porque não tinha coragem.
Estudar um montão de coisas
Ser uma profissional de sucesso
Estar linda, sex e charmosa por fora
Ser amiga, companheira, confidente
Poder ajudar as pessoas (as que conheço ou não, as que amo, e as que não me importo...)
Ser voluntária
Viajar, viajar e viajar

Daí também penso que às vezes dá a impressão que dá para fazer tudo, porque a gente gasta a energia boa com coisas ruins, coisas que nos faz sofrer, chorar, lamentar.Faço terapia, converso, escrevo fico bem. Mas, às vezes, vem ondas bem grandonas e eu esqueço que eu já sei nadar.