domingo, 13 de setembro de 2009

A profissão

Em postagem anterior, comentei que gosto de ouvir pessoas desde quando era criança. Acreditei durante bastante tempo, que este gosto, associado a minha profissão eram os motivos, pelos quais, as pessoas costumam falar coisas particulares, mesmo quando ainda não tínhamos muita intimidade.
Mas, esta semana mudei de opinião. A profissão não forma caráter, nem ética, nem humaniza. Nem mesmo a religião é capaz disso. É claro que as más experiências da vida, podem contribuir de forma significativa para tantas pessoas “preferirem” viver em meio a tanta amargura.
Sei que tem dias que são mais nublados. Ainda assim, as nuvens escuras, carregadas, tem o seu charme. Enquanto alguns sempre estão a procura de algo de bom, de gostoso, de felicidade. Outros, estão sempre à procura do que se lamentar. Utiliza-se de cargos e poderes imaginados para se colocar em uma posição de superioridade.

Os ipês estão floridos



Peguei emprestado do Rubem este título porque nenhum outro representaria melhor este post. Semana passada ao voltar para casa já bastante tarde, em noite relativamente fria, durante a caminhada, que adoro, em uma mesma rua estavam 5 ipês amarelos. Um mais lindo que o outro.
O ipê sempre foi minha árvore preferida. Acho-os lindos, simpáticos, coloridos, estão sempre felizes. Um lugar que tem um ipê, naturalmente tem que ser diferente. Porque ele enseja algo de bom, de esperança, de único.
O ipê amarelo aciona em mim a “chave” da felicidade. Descobri, depois que li o Rubem, dizendo que os ipês são especiais, porque eles funcionam ao contrário, enquanto, todas as árvores, plantas, flores, florescem em setembro (na primavera). O ipê colori no inverno, quando tudo está cinza. Quando há folhas secas pelo chão. Por isso, ele é sinal de esperança.

sábado, 8 de agosto de 2009

Torcida

Em 02 de dezembro de 2007 muita gente chorou de sofrimento, muita gente chorou de alegria ao ver o Corinthians cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. É impressionante como este time mobiliza emoções estremas nas pessoas. Já conheci até pessoas que não gostam, não acompanham, não torcem para time nenhum, mas não gostam do Corinthians.
Naquela ocasião, ouvi muito jornalista (anti-corinthiano, claro), falando que achava um absurdo o alarde que estava sendo feito, afinal outros grandes caíram e não houve aquele drama todo. Ouvindo esses comentários, gastei um tempo pensando nisso e acho que eles estavam errados, porque não conseguiram fazer uma leitura sociológica da questão.
É verdade que outros grandes clubes caíram, mas qual é o perfil de suas torcidas? Os adversários enchem a boca para chamar a torcida do Corinthians de favelada, pobretona, baderneira e outros elogios. Não poupam piadas fazendo comparações com índices de analfabetismo, criminalidade, etc.
Em parte eu concordo, porque o Corinthians é o time do povo, é popular, é o time de todos e todos. Agora imagine, num país com os índices de injustiça social como este, com pouca ética e muita corrupção, com desemprego, violência, em que muitas vezes, o povo não encontra referenciais de identidades positivas, o único ponto de esperança é o Timão. Porque o timão, representa garra, superação, a virada no último minuto do jogo. A marca do Corinthians nunca foi o futebol bonito, foi o futebol da garra, da fé, da perseverança.
Tornei-me corinthiana em 1990 por opção. Assisti uma reportagem, vi a torcida, uma entrevista do técnico Nelsinho e do Neto e meu coração disparou. Foi amor a primeira vista. Imediatamente disse, este é o time do meu coração.
Quando o Corinthians caiu, fui uma das pessoas que sentiu uma imensa dor no coração, faltou o ar. Claro que pelo time, mas principalmente pela torcida. Pensei e agora? Será que as pessoas perderão a esperança? Será que o povo vai entregar os pontos e deixar de sonhar, de acreditar? A pessoa podia não ser bem resolvida quanto a muitas questões de sua vida. Mas tinha orgulho, enchia o peito para dizer sou corinthiana(o), mas e agora?
Então, assim como o time, a torcida deu um baile em todos os pessimistas e ficou ainda mais forte e impulsionou o time para a grande virada da sua história.
O time muda de cor, muda de técnico, de jogadores, de comissão, de diretoria e até de endereço, mas essa torcida é fiel. Sou apaixonada por esta torcida.

Museu do Futebol



Era um domingo frio, na verdade gelado, mas fazia sol. O céu estava de um azul lindo, fazia gosto sair para passear. Fomos ao Museu do Futebol no Pacaembu. Foi um passeio incrível, o museu é fantástico, moderno, emocionante, cheio de informações e diferentemente do que muita gente pensa, não é um museu de clubes de futebol. Principalmente, se tivermos a compreensão das muitas facetas deste esporte, que inclui aspectos financeiros, sociais, culturais, antropológicos.
Já visitei o Museu do Maracanã e o Memorial do Corinthians, adorei ambos, riquíssimos em informações, entretenimentos, uso de tecnologia, que agrada até aquelas pessoas que não são muito chegadas ao futebol. Mas o do Pacaembu, definitivamente, é o mais emocionante dos três. Em especial para mim, uma parte que fica embaixo da arquibancada do estádio, em que através de um jogo de imagens são postas várias torcidas do Brasil. Cantando seus hinos, rezando, chorando, sofrendo, fazendo coreografias, vibrando com os gols. Não há como não se emocionar, dá a impressão que estamos no coração da torcida, é realmente fantástico.

Filmes


Estou estudando o livro Cidadão de Papel (Dimenstein). Depois de algum tempo volto a encontrá-lo. É claro que ele trata de assuntos que já conhecemos, estão no nosso cotidiano, mas quando paramos para pensar sobre eles, saímos da posição de acomodação, de que se acostuma a conviver com a injustiça e achar que faz parte da vida.
Dei uma parada na leitura para ver o filme “Última parada 174”, fazia tempo que queria assistir e acho que aconteceu no momento certo, ainda que ao final senti uma enorme tristeza. Pensando na quantidade de Sandros que diariamente morrem (em todos os sentidos) pelo nosso país.

Colocando a leitura em dia


Adoro ler, mas gosto de ler pelo puro prazer da leitura, podendo saborear a textura de cada palavra. Diferentemente de ouvir músicas ou assistir algo, a leitura tem o tempo do nosso sentir, do nosso imaginar. Pode-se, por exemplo, gastar muito tempo em uma única página, porque ela remete a lembranças, projetos, sonhos, à imaginação e esta não tem limite de tempo, de lugar, de espaço.
No dia a dia preciso fazer as leituras obrigatórias, leituras para o conhecimento profissional, científico, acadêmico. Também são leituras importantes,mas muitas vezes, menos prazerosas. Mas, nestas férias foi bastante diferente. É claro que reservei um tempo para as leituras obrigatórias. No entanto, li quatro livros ao bel prazer. Que delícia parar pelas páginas e deixar a emoção brotar. Quando o canto diz que “não só de pão o homem viverá, mas da palavra”, tenho certeza, que existem leituras que são para a alma, passe o tempo que for, os desafios, desafetos, desamores... elas permanecem e nos dão força, ensinamentos, empoderamento, abre as janelas da nossa alma. Pela leitura vamos a qualquer lugar.
Escrevo muito sobre o passado, sinto-o interagindo a todo momento com o meu presente. Quando criança ganhei do meu pai um saco cheio de livros, deram para ele, que não sabia o que fazer levou para casa e eu me apropriei dele. A maioria dos livros eram de escola, mas havias vários livros de contos. Eu adorei e amei cada um deles.

Velha Infância

Morto ou vivo, duro ou mole, pega-pega, esconde-esconde, ciranda, taco, pular corda, brincar de casinha, etc. Balão Mágico, Bozzo, Chispita, A gata e o rato, A super Vick, A poderosa Isis, As panteras, A Mulher Biônica, Os três patetas, o Gordo e Magro, Zorro, Jeannie é um Gênio, A Feiticeira, Jaspion, Primo Cruzado, O super-herói americano, Chaves, Chopolin, etc. Bolo de chuva, bolo de caco, bolo de barro. Menudos, Madona, New Kids, Michael Jackson...
Que delícia lembrar da infância, da inocência da infância. Quando eu era pequena cansei de enterrar moeda, achando que nasceria uma árvore de dinheiro. Fazer bonecos de barro, colecionada os isqueiros do meu pai. Cada um na minha imaginação tinha uma história, um nome, uma importância. Brincava mais com os brinquedos simbólicos, que com os que tinham a função definida. Mas, é claro que teve brinquedos marcantes na minha vida, como a boneca Emília, meu cavalo de pau, a zebra (que foi jogada fora pela mãe, porque tinha um furinho de nada, mas que deixava a casa cheia de bolinhas de isopor) e minha boneca Minha boneca Bem-me-quer. Ganhei a Bem-me-quer como presente de aniversário da dona Neném. Ela era linda, para mim enorme, tinha um vestido rosado e dois grandes laços no cabelo. Infelizmente, não teve um fim bonito, para mim, traumático. Convivi com esta lembrança até ano passado quando o Rogério resgatou uma Bem-me-quer, que pomposamente ostenta um lugar de destaque no cantinho das pelúcias em nossa casa.
Outros eventos marcantes para mim, o calça vermelha que ganhei da dona Regina no meu aniversário de 5 anos. Ela era nossa vizinha, era bem velhinha, mais sabia cozinhar e fazia uns bolos deliciosos. Era comum, nos finais de tarde eu ir visitar. Nossa acabei de ter um insight (ao longo da minha vida, sempre tive amigos bem mais velhos do que eu, pessoas muitas vezes solitárias, como a dona Regina, que me contavam suas histórias. Talvez daí tenha desenvolvido em mim o gosto pelas histórias e minha identificação com a minha profissão). Mas, voltando a falar da dona Regina, ela morava com o marido e tinha o cachorro Rex. O marido, que não lembro o nome, saia todos os dias para trabalhar e voltava tarde da noite, enquanto ele não chegava eu ficava lá e ouvia muitas e muitas histórias. Quando a dona Regina fez a calça vermelha, ela tirou minhas medidas dizendo que faria uma roupa para uma menina do meu tamanho, que não podia ir na casa dela. Eu claro, que sempre tive pensamento concreto, acreditei, no dia do meu aniversário, ela não foi à minha festa, mas deu-me o presente, que usei até quando fiquei grande demais. Ganhei muitos presentes: brinquedos, roupas, dinheiro, mas certamente a calça vermelha foi um dos que mais gostei.Quero relembrar também dos meus tios Naldo e Duda. Quando o eu tinha 05 anos, acho que o tio Naldo tinha em torno de 14 anos, ele estava no seu primeiro emprego e sempre na hora do almoço ia na minha casa, falava um oi e voltava para o trabalho. Lembro-me de um dia que ele foi até lá e me levou um danone.... O tio Naldo até hoje é assim, super apegado aos sobrinhos, e olha que hoje já somos mais que 40. O tio Duda era o tio que toda criança queria ter, mais que dar presentes, ele brincava e conversava, dava importância, valor às angústias infantis. Tenho as lembranças dele me levando de cavalinho, de “cacundinha”, foi ele que fez um balanço num galho forte de uma árvore com um pneu. Ele trabalhava, sempre trabalhou e ainda assim arranjava tempo para as crianças.

Nossa biblioteca


Decidimos todo mês nos darmos de presente um livrinho do Rubem Alves, elegemos ele como o primeiro a termos toda a coletânea, com o passar do tempo, teremos de outros autores também. Mas o que gostaria de falar, é registrar o quanto estou feliz com o nosso pequenino Centro de Estudos. Ele ainda não está pronto, falta bastante coisas, mas já é um charme. É um espaço que assim que entramos já dá vontade de ler alguma coisa, ouvir um música, assistir a um filme, escrever... Enfim, é espaço aberto a cultura, a pesquisa, ao estudo.
Hoje incrementamos mais um pouco a nossa videoteca. Eu com os filmes chegaram: O Pequeno Príncipe, A Loja Mágica de Brinquedos, O Som do Coração, Efeito Borboleta e Carruagem de Fogo. O Rogério ampliou o leque de ótimas opções da música. Falando da videoteca, também temos um projeto para ela, em princípio todos os filmes com Robin Williams e Johnny Depp. Depois permearemos pelos diretores também.É engraçado, desde criança sonhava em ter uma biblioteca em casa. Hoje este sonho se realizou.

Auto-escola


Hoje foi nossa primeira aula na auto-escola. Foi a aula prática de moto. O Rogério foi primeiro, e como esperado deu um show, praticamente o instrutor não precisou fazer nada depois de dada as primeiras instruções. Só ficar um pouquinho de olho, porque já se sabe, toda pessoa inteligente demais, depois que conhece ou domina o desafio, tenta causar mais emoções.
Para mim foi muito acima do que eu esperava. Eu estava com uns dois quilos a mais, só por causa da roupa e da bota. Achei no primeiro dia seriam muitos tombos, mãos arranhadas, calça rasgada. Exagero? Não. Limitação física mesmo. Tenho uma tremenda dificuldade com coisas manuais. Demoro um tempão para poder me acostumar a elas: tamanho, peso, textura, velocidade. Minha sorte, é que o instrutor era realmente muito paciente, me explicou pacientemente passo a passo e incentivou cada etapa certa que eu fazia.
O saldo final para mim, foi super-hiper positivo, afinal não coloquei o pé no chão nenhuma vez durante o percurso, derrubei a moto só uma vez e atropelei o Rogério somente uma vez (risos...).

O doce de tomate da Dona Nelita


Muitas pessoas, quando estão sem fazer nada, olham para a frente, para o futuro, imaginam-se bem sucedidos na profissão almejada, ou com o grande amor de suas vidas, ou ainda, numa incrível viagem... Eu, ao contrário, também faço meus planos, mas na maioria das vezes, fico lembrando das coisas que vivi no passado, em particular na minha infância. É verdade, que a separação dos meus pais, foi evento que me marcou muito e até hoje tenho alguns desses resquícios. Não saberei afirmar com o vigor da ciência quando começamos a registrar de forma consciente as lembranças dos acontecimentos. Alguns teóricos afirma algo em torno dos 3 anos, outros um pouco mais ou um pouco menos. Mas, não importa, pelo menos para este texto não é uma informação importante. Porque mais do que lembrar de forma cronológica, precisa os eventos. Trata-se de ressaltar que na memória emocional, temos registrado tudo desde que ainda estávamos na barriga da nossa mãe. Por isso, vejo a infância como essa fase tão peculiar, tão doce do desenvolvimento. Não informa se o presente foi o celular, a bicicleta, o vídeo game. O que fica para a criança são as emoções, de terem sido queridas, amadas, desejadas, respeitadas. Isso sim, será um grande diferencial em suas vidas.
Nós temos o Kauan, ele tem apenas 2,7 anos. É uma criança linda, saudável, doce, sereno. Ele adora o Rogério. O Rogério não sabe disso, mas eu sei, porque observo sentimentos, sou fascinada pelos relacionamentos das pessoas. Sei que mais tarde mesmo que o Kauan não registre eventos físicos e cronológicos, já está estabelecido o grau de relacionamento, o vínculo afetivo do pequenino Kauan para o super padrinho engraçado, tão menino quanto o afilhado. E é falando dessas memórias ou sentimentos que são criados em um tempo que não existe que quero falar do doce que é minha vozinha Nelita.
Neste mês estivemos todos muito preocupados porque ela ficou tempo demais em um lugar para pessoas com saúde frágil. É engraçado falar em saúde frágil de alguém que com quase 80 anos, passou por três AVC, 02 enfartes, cirurgia cardíaca, pressão alta, hipertireoidismo, diabetes. Pois é, minha avó, já perdeu a memória, ficou sem falar, já nos deu muitos sustos, mas resiste firmemente como uma mulher de luta.
Quando eu era pequena vivi muito com a minha avó. Ela era uma cozinheira fantástica: doce de abóbora, doce de melancia, doce de leite, doce de tomate. Hum! O famoso doce de tomate, não conheço mais ninguém que saiba fazer, nem mesmo minhas tias. Dona Nelita era mesmo incrível, sempre fez coisas que somente ela saberia criar, inventar, inovar. Poderia dizer muitas coisas a respeito dela. Mas, na verdade sou feliz por ter tido uma avó tão fantástica. Sou feliz por ter tido a sorte de viver o sentimento de neta.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

E no Carnaval




Depois de alguns anos, voltei a passarela do samba. Para algumas pessoas, foi difícil entender como eu que não gosto de samba, que não vejo o desfile pela tevê, quis tanto ir para a avenida.
Essa foi a terceira vez que desfilei, as duas primeiras vezes foi na ala das crianças com as crianças do Cedeca. Naquela ocasião foi mais especial, porque fazíamos a inscrição das crianças, preparávamos o lanche para levar no dia, ensaiávamos praticamente o mês inteiro, sabíamos o enredo e percebi por aquela experiência que se para alguns o carnal é a chance “de ver mulher ‘pelada’ de perto, porque só se vê na tevê”, para outros, é quase que como uma religião, implica fé, trabalho e muita emoção.
Fico triste em vê como as pessoas distorcem tudo apenas para a conotação sexual. Ela também existe, mas sem dúvida para aqueles que trabalham o ano inteiro pensando em cada detalhe do desfile, que tem amor a escola é o item menos importante.
Acho que o carnaval enquanto manifestação da cultura popular é um evento lindo e merecedor da nossa apreciação. Seja ele como desfile das grandes escolas, nos blocos ou nas marchinhas mais tradicionais. O que é ruim é mídia que minimizá-o tanto. Tantos tempos sérios são abordados de maneira lúdica. Imagina se a escolas (tradicionais) pedissem as crianças que pesquisam sobre o enredo das escolas de samba. Veja que riqueza: descobertas sobre a evolução tecnológica, a evolução da roda, ídolos nacionais, festas populares, guerras, crítica a política...

Uma pequenina variação no blog



Hoje, quase tive uma sobrecarga de leitura. É uma delícia saber, o engraçado é quanto mais se lê, mais e mais se tem vontade de saber. Não tem fim essa vontade. Enquanto lia sobre assuntos diferentes, a maioria relacionados a psicologia, percebi a necessidade também de escrever. Essa escrita pode ser muito variada (um resumo, uma resenha, um comentário, uma nova idéia, um grande texto), ainda não sei, mas sei que o importante é começar. Pretendo, não sei quando ter um site profissional e usarei este espaço para ir treinando essas publicações futuras.

Li um texto sobre atendimento psicológico pela internet. Ainda não tenho uma opinião fechada referente a isso. Mas, me fez refletir um pouco. Por exemplo, faço um curso de pós graduação a distância, o famoso EAD, percebo que há muitas pessoas que têm preconceito sobre essa forma de ensino. Eu, durante um tempo também tive, e ainda hoje faço algumas restrições. Acredito que nada se compara com a dinâmica de ser ter um professor ali do lado, onde se pode trocar, fazer perguntas, discutir..., além é claro dos colegas de sala que trarão outros tipos de entendimentos, novas visões, etc. O café pós aula, as relações e por aí vai. Mas, também penso nos nossos tempos modernos. Hoje temos um ritmo muito diferente de quando eu estava no primário (veja, quando iniciei na escola se chamava primário), as nomenclaturas mudam, não somente porque mudam os governos, mas porque os tempos são outros. E muitas das relações atualmente são mantidas e cultivadas pelo elo eletrônico, não podemos dizer que são frias ou menos importantes, porque se dão dessa forma.
De toda forma, alguém parou por alguns instantes, pensou em você, mentalizou seu rosto e enviou uma mensagem. Com a vantagem da modernidade, se antes a carta iria demorar 03 dias, dependendo do destino, hoje ela é instantânea. Podemos ser frios e impessoais com colega da mesa ao lado. Não é o uso da tecnologia que faz as relações esfriarem. Isso, vem de cada pessoa.
Concluindo, da mesma forma que acredito que a EAD é uma ótima solução para algumas pessoas (meu caso), acho que é um momento importante para se refletir o atendimento psicológico via on-line. Não somente excluir ou emitir uma série de opiniões cheias de preconceitos.

Preciso escrever para a pós.


Até já sonhei com isso. Mas, as palavras não saem. Ainda não consegui identificar o problema e nem a literatura básica. Mas, o que mais preocupa é pouca leitura que tenho feito a este respeito.

Show do Toquinho

Domingo passado, fomos ao SESC Pompéia ver o Toquinho. Meu Deus, que lindo. Em várias passagem do show me emocionei muito, principalmente quando o repertório voltou-se as cantigas para crianças: quanta beleza, quanta pureza, quanta leveza. É tão gostoso pensar nas crianças, lembrar das crianças que amamos, daquelas que encontramos pelas ruas, nos parques. Acho as crianças os seres mais lindos e supremos que existem. Sempre que vejo algo legal, penso: não vejo a hora de mostrar isso para o Kauan. Espero que ele goste do Toquinho, que ouvido dele não fique poluído com muitas das produções de hoje que deseducam nossos ouvidos.

Mais um livro



Na quarta-feira, fomo (Rogério e eu) ao lançamento do segundo livro de um ex-professor meu, chama-se “Sem Segredo” publicado pela Novatec. Lá reencontrei outras duas professoras da graduação, uma delas foi a que orientou o meu TCC. Foi muito bom vê-las e lembrar de como foram as aulas e do quanto aprendi com os três. Depois de adquirir o livro, claro fomos para aquela fila interminável para conseguir a dedicatória. Mas, valeu a pena. Ainda não comecei a ler, não sei quando o farei...
Esta editora/livraria (?) fica na Av. Paulista, é um espaço delicioso. O Rogério disse que passaria fácil, fácil um fim de semana lá dentro. E olha, que tem o que ser visto. O problema é que depois dá vontade de trazer muita coisa, então é preciso ser muito disciplinado. Ele nos deu um presente raro do Renato Russo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Primeiro dia na Pós

Confesso que logo que acordei pensei em voltar para cama e dormir. Estava tão bom. Mas, não o fiz. Levantar cedo, tomar banho, café e sair de casa antes das 6 da manhã para pegar um ônibus absurdamente lotado. Sabendo que esta seria apenas uma das jornadas do dia.
Logo que cheguei na CEFET (agora mudou o nome, mas não me lembro a sigla), deu um friozinho na barriga. O pátio estava lotado de gente: desde jovens, passando pela meia idade aos literalmente veteranos. Olhei em vários murais para saber onde seria a sala, mas nada de êxito. Até que decidi perguntar para uma pessoa que me encaminhou a uma secretaria que não funcionava. Por fim, uma indicação correta.
Primeiro dia de aula é igual, desde a pré escola à Universidade Federal: atraso para começar a aula, o cronograma não estava pronto, professores faltam, alunos falta, organização falta. Aguardamos por mais de 01 hora em um corredor até que alguém levou o grupo para um auditório. Duas turmas de semestres diferentes juntas, para ouvirem orientações gerais sobre o curso, sobre a grade, monografia e coisas afins.Cinco professores se apresentaram para a sala. Mas, um em particular me chagou a atenção e me trouxe aquela sensação fantástica que nada é melhor que o saber. Resgatou o gosto que tenho em estudar, em descobrir novas coisas, fazer pesquisa. Vamos ver o que os próximos dias me reservarão.

XWYX

USP, PUC, UBS, PSF, NASF, LEAPSI, UNESP, CEFET, UNIFESP,ONG, CDHS, CDDCA, CT, CMDCA, SAS, HTP, PMK, CAT, WISC,...Definitivamente odeio siglas e acredito que existam pessoas que se especializam só nisso.

Sons



Sou uma pessoa das palavras, menos as verbais e mais as escritas. Tenho um bom ouvido, mas não sou boa oradora. Esse fato não me incomoda, até porque escolhi uma profissão em que devo ter mesmo bons ouvidos. Mas, nestes dias tenho pensado muito o quanto a música tem um poder de alterar estados de humor.
Outro dia, ouvi uma música, que até tinha um bom som, mas a letra era lastimável. Ás vezes, me incomoda muito certos sons. Daí pensei o contrário, se esta música me deixou tão pra baixo, não vou alimentar isso. E de uma certa forma, purifiquei meus ouvidos. Veio uma porção de Skank, Marisa, Palavra Cantada, Baglioni...
Com essa experiência com a música, pensei que se aplica para outras coisas na vida. Se a gente não toma cuidado, pode ser invadida por uma onda de sentimentos de baixa qualidade. A escolha é nossa: abraçar isso ou dar um chute bem forte e lançar para longe da gente.
Não gosto de ficar triste e nem mal humorada. Hoje descobrir que além de escrever a música tem esse poder curativo.
Deixo aqui uma das músicas que mais gosto.

Amore Belo

Così vai vianon scherzare no...
domani viaper favore no...
devo convincermi peròche non è nullama le mie mani tremano...
in qualche modo io dovròrestare a galla...
e così te ne vai...
cosa mi è preso adesso?
Forse mi scriverai...
ma sì è lo stesso...
Così vai vial'ho capito sai...
che vuoi che siase tu devi vai...
mi sembra già che non potròpiù farne a menomentre i minuti passano...
forse domani correròdietro il tuo treno...
tu non scordarmi mai...
com'è banale adesso...
balliamo ancora dai...
ma sì è lo stesso...
Amore bello come il cielobello come il giornobello come il mare amore...
ma non lo so dire...
Amore bello come un baciobello come il buiobello come
Dioamore mionon te ne andare...
Perché è così...
no non è giusto se è così...
se te ne vai...
se te ne vai...
Perché è così...
perché finisce tutto quitra poco andrai...
un lento, l'ultimo oramai...
E fare finta, che ne so?!
di essere mattopiangere urlare e dire no...
non serve a niente, già lo soè finito tutto...
e se tu caso mai...
ma non mi sente adesso...
balliamo ancora dai...
ma sì è lo stesso...
Amore bello come il cielobello come il giornobello come il mare amore...
ma non lo so dire...
Amore bello come un baciobello come il buiobello come Dioamore mionon te ne andare...
Vai via così...
no non è giusto ma è così...
sei bella sai...
sei bella sai...
Vai via così...
finisce allora tutto quifra poco andrai...
un lento, l'ultimo oramai...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

As coisas

Muitas vezes me cobro. Na verdade, me cobro sempre, mas não das mesmas coisas. Por exemplo, agora pouco estava me cobrando porque falo de relacionamentos, sentimentos, comportamentos, pessoas. Mas, dificilmente escrevo sobre, esporte, política, cultura, economia, culinária, moda, ou tantos outros assuntos que existem por aí? Então percebo o quanto sou naturalmente apaixonada e identificada com os assuntos intrínsecos dos seres humanos e não por falta de competência para falar de outros assuntos. Embora, é claro que de outros assuntos tenho o conhecimento do senso comum e, nesse sentido, não me atrai tanto externar opiniões.
Externar. Expor. Pôr para fora. Tirar de dentro. Mandar embora. Se aliviar. Se reciclar. Se renovar. Jogar fora. Dar. Trocar. Não querer mais. É fantástico e, porque será que nos apegamos a coisas/pessoas?

“Sou uma brasa coberta de cinzas”

Uma pessoa conhecida, que gosto muito, um dia me disse que achava que eu era assim: “uma brasa coberta de cinzas”. Nunca uma frase foi tão verdadeira. A gente olha para a fogueira e ver só cinzas, acha que não tem mais perigo, que o fogo acabou. Mas, se não tomar cuidado, vai por a mão na brasa e vai se queimar.

Não acho que eu queime as pessoas, pelo menos não de forma intencional. A brasa que há dentro de mim, é a força que eu tenho, minha energia, minha coragem, minhas iniciativas, meus sonhos, meus riscos.

Por fora, alguém calma, contida, controlada, serena, paciente, fala baixo, tranqüila, poucas palavras, muita observação, ponderamento, sanidade.

Por dentro, loucura, força, coragem, ousadia, movimento, descobertas, orgasmos, múltiplos, muitos. Sou forte, sou fraca, sou...

Tenho medo,

Enquanto anda pela avenida pensei em algumas coisas que me dão medo. Mas, é engraçado, agora eu esqueci. Será que o medo quando percebe que a gente tem coragem ele se esconde e aparece quando a gente fica frágil?Se for assim, ele é realmente esperto. Daí que preciso lembrar que, se às vezes, ele não aparece, é porque o medo também tem medo de mim e, portanto, sou forte.

Tô com pressa

Hoje estive pensando, porque às vezes tenho a impressão que não vai dar tempo de fazer tudo o que quero. Mas, o que quero?
Rir muito
Chorar de felicidade
Dançar na chuva
Rolar na grama
Ir na cama elástica e na piscina de bolinha
Falar palavrão
Ficar bêbada
Ir em uma porção de lugares que antes não fui porque: não podia ou era proibido, ou não tinha grana, ou não tinha companhia, ou porque “pegava mal”, ou simplesmente porque não tinha coragem.
Estudar um montão de coisas
Ser uma profissional de sucesso
Estar linda, sex e charmosa por fora
Ser amiga, companheira, confidente
Poder ajudar as pessoas (as que conheço ou não, as que amo, e as que não me importo...)
Ser voluntária
Viajar, viajar e viajar

Daí também penso que às vezes dá a impressão que dá para fazer tudo, porque a gente gasta a energia boa com coisas ruins, coisas que nos faz sofrer, chorar, lamentar.Faço terapia, converso, escrevo fico bem. Mas, às vezes, vem ondas bem grandonas e eu esqueço que eu já sei nadar.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Bodas de Papel

Hoje comemoro minha primeira Bodas de Papel. Estou muito feliz. Formalmente, trata-se de 01 ano de casamento, na prática trata-se de 01 ano de namoro, de lua de mel, de prazeres infinitos, de trocas, de partilhas, de aventuras, de aprendizado e muito sexo.
Felizmente nunca tive pressa em casa e, por causa disso, pude esperar chegar a pessoa certa. Aquela que me faz chorar (de rir), que pelo seu simples fato de existir, faz com que eu agradeça diariamente ao papai do céu pela minha vida. Aquela pessoa a quem tanto admiro intelectualmente, parece um dicionário ambulante, um gênio, um sabe tudo. Aquela pessoa que tem olhos que transbordam esperança. Que tem a curiosidade das crianças e, além de tudo, é muito gostoso.
Neste 01 ano sem sombras de dúvidas estou 100% feliz e peço ao papai do céu, aos anjinhos, as fadas e ao universo que abençoe sempre nossa aliança. Que juntos possamos ser mais fortes, amigos e companheiros um do outro. Que tenhamos paciência para entender os dias difíceis (como aqueles da TPM), que possamos sempre respeitar a individualidade um do outro e sempre apoiarmos os projetos singulares.Tenho certeza que o mundo seria muito melhor se houve mais Rogérios. TE AMO e obrigada por me fazer a mulher mais feliz do universo.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Rato

Vamo lá!!!
Todo rato tem rabo longo
Todo rato tem faro esperto
Todo rato curte escuro, lambe restos
Todo rato deixa rastro
Todo rato trai e mente
Todo rato assusta a gente
Todo rato anda em bando
São os ratos, são os ratos, são os ratos
Bem malandros...

Mas sempre tem um que é diferente
Tem sempre um que até surpreende a gente
Esse rato que aqui se mostra
É um rato que a gente gosta
É um rato que ao invés de catar
Lasquinhas de queijo e comer na rua
Prefere mil vezes um beijo
Um beijo brilhante da lua

Lua minguante Lua crescente
Declaro ser o seu mais lindo amante
Com você eu quero me casar
Fazer da noite escura
O nosso altar...

Rato meu querido rato
Eu não sou assim de fino trato
Pra selar esse contrato
Minha luz é passageira
Fico sempre por um triz
Mesmo quanto estou inteira
Vem a nuvem a me cobrir
Ela sim nuvem faceira
É que lhe fará feliz

Nuvem redonda que cobre o luar
Declaro ser o seu mais lindo amante
Com você eu quero me casar
Fazer do céu imenso o nosso altar...

Rato meu querido rato
Eu não sou assim de fino trato
Pra selar esse contrato
Minha sombra é tão nublada
Fico sempre por um triz
Mesmo quando estou parada
Vem a brisa a me diluir
Ela sim brisa danada
É que lhe fará feliz

Brisa macia
Que destrói a nuvem que cobre o luar
Declaro ser o seu mais lindo amante
E com você eu quero me casar
Fazer do vento nosso altar...

Rato meu querido rato
Eu não sou assim de fino trato
Pra selar esse contrato
Mesmo quando sopro forte
Vem a parede a me barrar
Só a parede de uma casa
Não deixa a brisa passar
Ela sim dura parede
É que aprenderá te amar

Parede parada
Que para a brisa que destrói a nuvem
Que cobre o luar
Declaro ser o seu mais lindo amante
E com você eu quero me casar
Fazer da terra o nosso altar...

Rato meu querido rato
Eu não sou assim de fino trato
Pra selar esse contrato
Meus tijolos são de barro
Mas não é difícil me esburacar
Mesmo sendo bem segura
Vem a ratinha me cavoucar
Só a ratinha bem dentuça
Saberá como te amar

Ratinha dentuça
Que cavouca a parede que barra a brisa
Destrói a nuvem que cobre o luar
Declaro ser o seu mais lindo amante
E com você eu quero me casar
Fazer da natureza o nosso altar...

Rato meu querido rato
Eu que sou assim de fino trato
Pra selar esse contrato
O meu faro é tão certeiro
Com você vou ser feliz
Mesmo não sendo perfeita
Eu sou a ratinha eleita
Fico toda aqui sem jeito
esperando um grande queijo...
OPS!!!
esperando um grande beijo...

Toda rata tem rabo longo
Toda rata tem faro esperto
Toda rata curte escuro, lambe restos
Toda rata deixa rastro
Toda rata trai e mente
Toda rata assusta a gente
Toda rata anda em bando
São as ratas, são as ratas, são as ratas
Bem malandras

La cosa mas bella

Como comenzamos, yo no lo sé.
La historia que no tiene fin,
y como llegaste a ser la mujer,
Que toda la vida pedí.

Contigo hace falta pasión,
y un toque de poesía.
Y sabiduría pues yo,
trabajo con fantasías.

Recuerdas el día que te canté,
fue un súbito escalofrío.
Por si no lo sabes te lo diré,
Yo nunca dejé de sentirlo.

Contigo hace falta pasión,
no debe fallar jamás.
también maestría,
pues yo trabajo con el corazón.

Cantar al amor ya no bastará,
es poco para mí.
Si quiero decirte que nunca habrá,

Cosa más bella que tú.
Cosa más linda que tú.
Única como eres,
inmensa cuando quieres.
Gracias por existir.

Como comenzamos, yo no lo sé,
La historia que toca su fin,
Que es ese misterio que no se fue,
lo llevo aquí dentro de mí.

Serán los recuerdos que no,
no dejan pasar la edad.
serán las palabras pues yo,
sabrás mi trabajo es la voz.

Cantar con amor ya no bastará,
es poco para mí.
Si quiero decirte que nunca habrá,
Cosa más bella que tú.
Cosa más linda que tú.
Única como eres,
inmensa cuando quieres.
Gracias por existir.

Cosa más bella que tú.
Cosa más linda que tú.
Única como eres,
Inmensa cuando quieres,
Gracias por existir.
Gracias por existir.
Cosa más bella que tú,

Gracias por existir

A experiência da passagem do ano em famílias


Lembro que quando eu era criança o Natal e o Ano Novo eram datas aguardadas com muita expectativa. Era época de roupa nova e de reunir toda a família, em número atuais são: meus avós, 11 filhos, 41 netos e aproximadamente 17 bisnetos, ou seja, é gente pra caramba. Lembro que tinha música e uma mesa muito grande cheia de comida. Na hora do almoço ou da janta, seguindo a tradição, serviam-se primeiro as crianças e os homens e cantavam a velha música:

“(...) feliz ano novo
Adeus ano velho
Que tudo se realize
No ano que vai nascer,
Muito dinheiro no bolso
Saúde para dar e vender”

Havia a contagem regressiva e, por fim, a explosão de fogos, muitos abraços, beijos e a renovação da esperança.

Hoje quase tudo mudou, a maioria das crianças hoje são casadas e têm sua família própria, inclusive eu. No lugar da grande mesa de ceia se faz o churrasco. É praticamente impossível reunir todo mundo.
Neste fim de ano, tentamos reunir a família da minha mãe: nós quatro irmãs com nossos maridos e filhos e a família de um dos meus cunhados. Em uma casa na praia. Quando a proposta foi feita, realmente achei que seria o máximo e, talvez, chegássemos perto do que foi quando eu era criança. Imaginei a ceia, a mesa de frutas, as crianças brincando, os adultos cantando, dançando, contando piadas, jogando bola. Enfim, tinha um coração cheio de esperança que seria muito divertido.
Mas, as coisas não foram tão perfeitas quanto na minha imaginação. Desde o início houve vários desencontros, as famílias não foram apresentadas e sofremos muito com a falta d’agua. Esses eventos geraram enorme stress no grupo, fazendo com que o assunto principal das pessoas fossem reclamar de tudo o que acontecia. Pairou um clima de desconforto, desconfiança e até rivalidade entre os grupos. Senti total desintegração e fim de ano perfeito que havia imaginado dia a dia foi minguando.
Apesar dos pesares (e foram muitos) valeu para mim iniciar o ano cercada das pessoas que mais amo. Como já bem disse o Samuel Rosa “a minha casa está onde está o meu coração” e, certamente o meu coração estava ali, com toda a minha família pertinho de mim. Adoro as minhas irmãs e a minha mãe, não importa o lugar ou o evento está com elas é maravilhoso. Para completar agora tenho meus dois sobrinho lindos e meu marido maravilhoso, ou seja, tudo o que eu precisava para iniciar bem o ano estava ali.

A cada ano...

Estive pensando estes dias sobre os anos. Como cada um dele tem características que são únicas, pode acontecer de fazermos muitas coisas em determinado tempo de nossa vida. O final do ano chega tão rápido que nem percebemos os meses passando. No entanto, quando olhamos para a nossa vida do decorrer dos anos, é possível perceber as marcas de cada um.
Por exemplo, para 2007 foi um ano maravilhoso, daqueles que pensei vai ser difícil ter outro igual. Foi o ano que conheci o amor da minha vida, fui madrinha do meu primeiro sobrinho, comemoramos o seu primeiro aninho, participei dos Jogos Panamericamos como voluntária, que era um sonho muito antigo, me formei, vivi um momento muito bom no trabalho, mudei de casa, fiquei noiva e aconteceram algumas viagens: só para o Rio foram 04, São José e Paraibuna. Sem falar nas inúmeras surpresas que o Rogério fez como no dia dos namorados ir no meu trabalho sem avisar, carregando o buquê de rosas mais lindos que já vi, ou no meu aniversário entrar no quarto a meia noite contando e carregando flores, bombons e um Snoop, no dia da minha mudança o apartamento ainda não estava pronto, tinha tinta por lado lado, os móveis cobertos com plástico, muito pó, mas jantamos pizza e vinho à luz de velas... Não poderia jamais deixar de mencionar um dos dias mais tristes que foi ver o meu Corinthians cair para a segunda divisão. Foi um ano de conclusões e portas que se abriram para caminhos novos.
Em 2008, é claro o maior acontecimento, sem dúvida, foi o dia do nosso casamento. Foi lindo, lindo, lindo. Exatamente um presságio do que iria acontecer ao longo do ano. Conhecemos cidades novas São Luís do Paraitinga, São Francisco de Assis, Guararema e Guaira e visitamos cidades antigas Paraibuna, São José e Cubatão, além de termos acampado. Aliás, abro um parênteses, com o Rogério fiz muitas coisas pela primeira vez, acampar foi uma delas e certamente uma das melhores experiências, que pretendo repeti-la facinho, facinho.
Consegui superar a resistência, me matriculando no inglês e comecei a minha Pós. Ainda no campo do aprendizado, aprendi (mais ou menos) andar de bicicleta (parabéns para mim), é claro que o professor que conseguiu essa façanha nem preciso dizer quem foi.
Fiz Yoga, experiência maravilhosa e que recomendo para todas as pessoas: as ansiosas, depressivas, bipolares, neuróticas.. Em uma palavra, a Yoga é: maravilhosa.
Neste ano chegou o meu segundo sobrinho: ele é lindo. Sempre penso como a gente consegue amar tanto um pedacinho de gente que ainda nem aprendeu a falar.
E fecho, é óbvio, com o retorno do grande timão para a elite do futebol brasileiro.
É claro que teve muitas outras coisas maravilhosas como a ida ao Zoo com nosso afilhadinho, os dias dos namorados, o aniversário de namoro, as festinhas, o montão de presentes. Eu diria que 2008 foi o ano de experimentar o máximo de coisas possíveis.
Para 2009, tenho a esperança que será um ano de começar colher alguns dos frutos do que plantamos juntos. Muito trabalho e o plano para a nossa casa.O mais gostoso dessa pequena trilogia é perceber que em nenhum desses momentos estive sozinha. Tenho um companheiro que é minha joinha rara, que esteve e estará ao meu lado sempre.

Em 2009 quero:



Namorar muito, muito o meu gatinho (me aquecer no seu corpo quentinho nos dias frios, me arrepiar com os seus beijos calientes, conversar sobre tudo);
Mudar de endereço comercial, na verdade pretende ter três endereços diferentes;
Estudar pra caramba, recuperar esse ano e meio que fui na “marcha lenta”;
Tirar as cartas de habilitação;
Mudar de endereço residencial;
Está presente na vida da minha família (que amo) e dos meus amigos (também amo);
E, outras coisinhas.

O poder de uma boa chantagem

Depois de seis meses sem escrever uma única linha neste blog, embora não me tenha faltado vontade, estou de volta. É claro que por ter recebido uma forte impulsão do meu excelentíssimo, baseada em muita chantagem.
Imagino que ao som de Laura Pausini e tomando um capuccinno a la Maria as palavras se ajustem com maior facilidade, afinal, a falta de prática prejudica o desempenho final.
Tantas coisas aconteceram neste longo período, mas vou falar do dia de hoje. Como minhas férias e do Rogério coincidiram, decidimos que mesmo ficando na cidade de São Paulo, seríamos como turistas em um lugar estranho. Assim, fizemos um roteiro para nossas férias, que inclui cinema, teatro, shows, exposições, museus... enfim, explorar ao máximo esta cidade. Além disso, é claro temos que reservar um tempo para as pendências que se acumularam ao longo de 2008 e que precisavam ser resolvidas.
Seguindo nosso plano, hoje participamos do primeiro dia do evento Aniversário Cultural de São Paulo com o roteiro Pateo do Collegio – Largo São Bento – Praça do Patriarca – Largo São Francisco. O dia estava perfeito: céu azul, muito sol e uma multidão de gente. A apresentação feita através do teatro foi muita divertida e instrutiva, somente o final que deixou um pouquinho a desejar.
Andando pelas ruas do centro e tendo ao lado um guia turístico exclusivo, pensava, a todo o momento, como adoro São Paulo, como esta cidade é linda e até as disparidades da arquitetura que mistura o novo com os grandes “arranha céu”, marca única de São Paulo, com casas muito antigas, faz-nos pensar nestes contrastes que se completam, se complementam, se mistura, se transformam. Assim como, a gente desta cidade.
Fiquei muito feliz ao ouvir as histórias de resistência e luta pela terra que aconteceu aqui. Gosto de olhar para o povo brasileiro como um povo que luta, que briga, que cria e ri. Ouvi histórias sobre o patrimônio cultural e intelectual, mas também sobre romance.
Depois de muitas reflexões e desta verdadeira aula de história, seguimos com o roteiro indo ao SESC Itaquera para apreciar o grupo Polissíntese, que se apresentou no Espaço Café Aricanduva. Foi uma delícia ouvir as músicas orquestrais, mas confesso que senti uma imensa vontade de relaxar em um daqueles sofás e adormecer com aquele som ao fundo. Lá no SESC também almoçamos e caminhamos um pouco por todo aquele complexo. Apesar de já ter ido inúmeras vezes lá em dias ensolarados, com frio ou chuva, em pequenos grupos ou grandes excursões de escola, nunca canso de elogiar aquela estrutura e quão bem faz a população. É maravilhoso está perto de pessoas se divertindo, ver as crianças brincando. Em meio a tantas notícias tristes, é importante alimentar a nossa alma com momentos alegres assim.